A ingestão adequada de alimentos é fundamental para a recuperação de pessoas em internação hospitalar. Segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (Braspen), pacientes críticos devem receber terapia nutricional (TN) de maneira precoce (entre 24h e 48h) sempre que atendidos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Nesse contexto, profissionais de nutrição e de farmácia ofertam ao indivíduo atendido a quantidade adequada de proteínas a fim de reduzir desfechos secundários e mortalidade.
As funções das áreas de farmácia e nutrição nas equipes multidisciplinares
O preparo da nutrição parenteral (NP) padroniza e valida a segurança e a qualidade dos componentes nutritivos da dieta de cada paciente. Além de supervisionar a manipulação do preparo e o controle de qualidade, o profissional de farmácia faz o acompanhamento clínico da pessoa atendida – com apoio da equipe multidisciplinar.
Farmacêutico e nutricionista são peças-chaves nos cuidados de assistência ao paciente carente de nutrientes necessários ao funcionamento do metabolismo – o que acontece em função de problemas no trato gastrointestinal (TGI). Em situações assim, o indivíduo precisa receber a nutrição parenteral, para tratar a desnutrição aguda com o fornecimento de proteínas que fazem a prevenção do catabolismo proteico. A diretriz serve tanto para o regime hospitalar quanto domiciliar.
O farmacêutico é o responsável pela manipulação das formulações nutritivas. Isso acontece devido à sua formação acadêmica, que permite a ele avaliar características físico-químicas dos componentes e possíveis interações entre nutrientes e fármacos. Com a sua expertise, o profissional garante a estabilidade química e a esterilidade da dieta e das refeições.
Já o profissional de nutrição trabalha para garantir a ingestão de alimentos hipercalóricos e de suplementos conforme o quadro apresentado. Também cabe ao nutricionista clínico realizar a assistência personalizada a pacientes com doenças crônicas. Sua atividade envolve, ainda, assistir indivíduos em estado grave, ofertando o regime por outras vias que não a oral – como a enteral.
Quando acionar a nutrição parenteral
A nutrição parenteral é direcionada a pacientes com doenças respiratórias, capacidade gástrica reduzida, problemas no esvaziamento gástrico e incapacidade do esfíncter esofágico inferior. A NP também é utilizada em situações envolvendo disfunções da motilidade intestinal, enterocolite necrosante, síndromes do intestino curto e fístulas.
Quer mais conteúdo gratuito? Baixe o PDF grátis Como Orientar Pacientes com Dietas Restritivas: