23 de Julho de 2020 | 2 min de leitura

Quais são os principais medicamentos utilizados em UTIs?

A pandemia do novo coronavírus evidenciou a carência de profissionais capacitados para compor as equipes das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil. Tanto que muitos enfermeiros e técnicos de enfermagem foram remanejados às pressas para esse setor, em razão do avanço da Covid-19. A migração exige que eles dediquem atenção redobrada aos métodos de preparo e aplicação de medicamentos em UTIs.

O quadro de saúde dos pacientes internados impõe um maior rigor nesse tema. Além disso, os indivíduos críticos podem necessitar uma combinação de múltiplos medicamentos. Assim, é necessário um entendimento profundo sobre os efeitos dos fármacos e das interações medicamentosas.

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Características dos medicamentos

O primeiro passo é conhecer quais são os principais medicamentos em UTIs, as suas indicações, ações no organismo e possíveis efeitos colaterais. Confira mais informações sobre alguns deles na lista abaixo:

Adenosina: antiarrítmico indicado para taquiarritmia supraventricular. Age na excitabilidade e na condutividade do estímulo elétrico. Tem como possíveis efeitos colaterais dor torácica, rush facial e cefaleia.

Alteplase: trombolítico utilizado no tratamento de tromboembolia pulmonar. Age na dissolução do trombo em casos de obstrução de vasos sanguíneos. Tem como possíveis efeitos colaterais arritmias, sangramentos e hipotensão.

Atropina: atua no sistema parassimpático em casos de bradicardia. Aumenta a condução do estímulo elétrico e, consequentemente, da frequência cardíaca. Tem como possíveis efeitos colaterais calor, rubor, taquicardia e palpitações.

Clopidogrel: trata-se de um antiagregante plaquetário que reduz eventos de aterosclerose, inibindo a formação da agregação de plaquetas. Pode gerar sangramento.

Diazepam: benzodiazepínico indicado para sedação, crise convulsiva e como miorrelaxante e ansiolítico, agindo no sistema nervoso central. Pode causar dependência química, ataxia, diplopia, tontura, amnésia e ginecomastia em uso prolongado.

Diltiazem: utilizado para tratamento de hipertensão, atua nos canais de cálcio. Tem como possíveis efeitos colaterais hipotensão e arritmias.

Dobutamina: é um cardiotônico não digitálico usado na correção do desequilíbrio hemodinâmico. Estimula os receptores beta adrenérgicos do músculo cardíaco, aumentando a força de contração. Causa aumento da frequência cardíaca.

Dopamina: droga vasoativa inotrópica e cronotrópica indicada para correção do desequilíbrio hemodinâmico, aumentando o fluxo cardíaco e a pressão arterial. Tem a taquiarritmia como efeito colateral.

Epinefrina: droga vasoativa indicada para reanimação cardiopulmonar, reações anafiláticas e asma. Age na vasoconstrição periférica. Tem como efeitos colaterais a diminuição do débito urinário, visão turva e fotofobia.

Fenitoína: anticonvulsivante que age no córtex motor, inibindo a propagação da crise de convulsão. Pode causar ataxia, diplopia e depleção de ácido fólico.

Lidocaína: anestésico local e antiarrítmico. Age no sistema de condução elétrica do coração. Tem como possíveis efeitos colaterais confusão mental e alteração do comportamento.

Manitol: diurético osmótico para tratamento de edema cerebral. Diminui o edema por diferença de concentração. Pode causar desidratação, cefaleia, náuseas e vômito.

Noradrenalina: droga vasopressora indicada em casos de choque séptico e situações de baixa resistência periférica. Tem como possíveis efeitos colaterais cianose de extremidades, hipoperfusão renal, mesentérica e hepática.

Tramadol: hipnoanalgésico que atua nos receptores localizados no tálamo, hipotálamo e sistema límbico. Pode causar depressão do sistema nervoso central e respiratório, constipação, náusea e vômitos.


Redação Secad

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