15 de Janeiro de 2020 | 3 min de leitura

Psicologia da educação: onde atuar, principais atividades e como se capacitar

A adolescência é a fase em que ocorrem algumas das transformações mais drásticas do ser humano. Isso não diz respeito apenas às questões físicas, mas aos novos horizontes e responsabilidades que a passagem para a vida adulta traz. É a partir daí que entra em cena a psicologia da educação.

Apesar de ter surgido voltada à educação básica no Brasil, com o tempo, a psicologia escolar expandiu seu raio de ação e passou a abarcar os demais níveis educacionais – chegando ao ensino médio e superior, bem como o EJA (Educação para Jovens e Adultos).

Regina Pedroza, doutora em Ciências da Educação e professora da Universidade de Brasília (UnB), diz perceber um movimento nos cursinhos pré-vestibular para a contratação de psicólogos. Ambientes assim costumam ter alto potencial estressor, devido à pressão para iniciar uma graduação e às dúvidas sobre o curso escolhido.

Um desses serviços é oferecido por estudantes do curso de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), através do projeto Cursinho da Psico. São atendidos vestibulandos dos cursinhos populares da instituição no estado de São Paulo.

Além da orientação profissional, a iniciativa organiza espaços de acolhimento e diálogo. Também são organizadas atividades a partir das demandas dos discentes. O setor mantém parceria com o Caps (Centro de Atendimento Psicossocial) Butantã e realiza encaminhamentos quando necessário.

Psicologia da educação na prática

A atuação da psicologia da educação se concentra em traçar estratégias para o crescimento pessoal dos estudantes, sempre com base em avaliações individuais prévias. O profissional planeja, ainda, palestras para pais, professores e alunos sobre temáticas consideradas vitais – como inclusão, diversidade e questões sociais. E também pode coordenar os conselhos de classe.

Recentemente, tem crescido a necessidade de as escolas abordarem fenômenos sociais. Pobreza, ausência da participação da família na educação, gravidez na adolescência, novas exigências do mercado de trabalho, informatização e uso de drogas fazem parte do contexto atual dos jovens.

As instituições de ensino são espaços fundamentais na prevenção de transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão – um fenômeno.

O ensino da empatia faz parte das estratégias pensadas para driblar os problemas de saúde mental. Os profissionais de psicologia educacional têm a missão de ensinar habilidades de tolerância à frustração e regulação emocional. Atividades lúdicas, como música, games e arte também ajudam no processo.

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Competências e capacitação

Para atuar na psicologia da educação é preciso ter as mesmas competências que qualquer outro profissional graduado em Psicologia. Atenção, sensibilidade, conhecimento sobre direitos humanos e respeito às diferenças estão entre elas.

Mesmo assim, Regina Pedroza, que também é membro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), destaca um ponto importante para os profissionais que pretendem buscar esse mercado. “Na escola, o psicólogo vai estar a serviço de todos os alunos, incluindo os que precisam de cuidado para poder desenvolver seu processo de aprendizagem. Então, a inclusão é um dos seus principais focos”, explica.

Embora a teoria seja essencial, a vivência do meio escolar e acadêmico através de estágios complementa o conhecimento em psicologia da educação. Os psicólogos interessados podem buscar opções de cursos de especialização. Essa certificação, porém, é facultativa para a atuação na área.

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